Por Erich Cardonha, Helaine Portela e Renata Glicia Pimentel
Fomos indicados, na disciplina Educação Especial, do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Ceará, pela professora Rita de Cássia Magalhães e a estagiária Ana Paula Lima Barbosa Cardoso, para fazermos uma visita ao Instituto dos Cegos e elaborarmos um pequeno relatório sobre nossas impressões, tendo em vista observar na prática as teorias estudadas naquela disciplina e reconhecer nessa prática o modelo educacional adotado pela instituição.
A Escola de Ensino Fundamental Instituto dos Cegos/Centro de Apoio Pedagógico (CAP), localiza-se na Rua Doutor (Dr.) João Guilherme, 373, no bairro Antônio Bezerra, Fortaleza, Ceará.
O instituto funciona nos turnos manhã e tarde. Atende a alunos cegos, com baixa visão e com múltiplas deficiências (sendo a cegueira uma delas), na Educação Infantil e no Ensino Fundamental I (1º ao 6º ano). Oferece aos matriculados: acompanhamento fonoaudiólogo; terapia ocupacional; tratamentos de orientação, mobilidade, psicomotricidade e estimulação visual; reabilitação em Braille, treinamento da escrita cursiva e com o Sorobã; cursos de Braille. Os cursos de Braille também são ofertados aos pais e à comunidade.
Para maiores informações os interessados devem procurar a secretaria da escola, no horário comercial, ou se informarem pelo correio eletrônico (e-mail) institutocegos@yahoo.com.br ou pelos telefones (0xx85) 3101.5083 / 3235.7720.
A referida visita se limitou a um curto tempo de observação e de questionamentos e respostas sobre as dúvidas gerais do grupo e pertinentes ao assunto em foco, devido ao pouco espaço de convergência dos horários livres dos autores desse relato. Apresentamos a seguir o que nos foi possível analisar segundo as informações coletadas.
De cara, nossa atenção foi tomada pela vergonhosa estrutura física da instituição, espaço residencial doado pelo Governo Estadual e não adaptado totalmente às necessidades de uma escola de educação especial, que não permite um adequado deslocamento dos deficientes visuais dentro da própria instituição.
Procuramos, com a diretora, esclarecer nossas dúvidas sobre como a escola funciona: de onde provêm os recursos financeiros, a que público atende e quais objetivos e pretensões da gestão. Além de conhecer mais internamente o ambiente da desta.
Fomos informados que a escola observada atende ao nível Infantil e Fundamental do ensino e procura capacitar deficientes visuais pra ingressarem na rede regular de ensino, como também oferece apoio pedagógico àqueles que já estão integrados e que os recursos financeiros são provenientes do Governo Estadual e de colaborações da comunidade. A capacitação é feita, principalmente, através de cursos voltados para a aprendizagem da leitura e escrita em Braille e de cálculos matemáticos, com a manipulação dos instrumentos apropriados, e através de práticas educativas para uma vida independente.
Principais Conclusões:
Constatamos, de acordo com nossos estudos e investigações, que a E.E.F. Instituto dos Cegos emprega o modelo educacional de Integração Escolar. Na verdade, as expectativas da gestão dessa instituição, sobre a inserção de alunos com deficiências visuais no ensino regular, se apóiam sobre a educação inclusiva. No entanto, essa inserção só se dá na medida em que estes demonstrem condições para acompanhar a turma na qual serão integrados, recebendo, paralelamente, apoio especializado do CAP; e não como prega o modelo educacional de Inclusão Escolar, no qual esses alunos devem ser inclusos nas classes comuns do ensino regular, independentemente do tipo ou grau de comprometimento; onde a escola é quem deve, responsavelmente, se adequar às necessidades educacionais e estruturais dos alunos especiais, através da flexibilização curricular e acessibilidade física do meio.
Porém, apesar dos pesares, consideramos que a E.E.F. Instituto dos Cegos busca, sensivelmente, nas práticas de humanidade e solidariedade, suas e da sociedade civil, alcançar meios que possibilitem a uma parte dos excluídos da sociedade, no caso, os deficientes visuais, o acesso ao ensino regular e, deste modo, fornecer condições mais dignas, de convivência pessoal e educacional, no mínimo, entre eles e os demais membros da mesma sociedade.
Acreditamos que se mais instituições tivessem o mesmo objetivo daquela, o de afirmar o respeito às diferenças e a compaixão para com o próximo, nós, seres humanos, nos encaminharíamos para a consolidação de uma vida mais harmoniosa e feliz.
A referida visita se limitou a um curto tempo de observação e de questionamentos e respostas sobre as dúvidas gerais do grupo e pertinentes ao assunto em foco, devido ao pouco espaço de convergência dos horários livres dos autores desse relato. Apresentamos a seguir o que nos foi possível analisar segundo as informações coletadas.
De cara, nossa atenção foi tomada pela vergonhosa estrutura física da instituição, espaço residencial doado pelo Governo Estadual e não adaptado totalmente às necessidades de uma escola de educação especial, que não permite um adequado deslocamento dos deficientes visuais dentro da própria instituição.
Procuramos, com a diretora, esclarecer nossas dúvidas sobre como a escola funciona: de onde provêm os recursos financeiros, a que público atende e quais objetivos e pretensões da gestão. Além de conhecer mais internamente o ambiente da desta.
Fomos informados que a escola observada atende ao nível Infantil e Fundamental do ensino e procura capacitar deficientes visuais pra ingressarem na rede regular de ensino, como também oferece apoio pedagógico àqueles que já estão integrados e que os recursos financeiros são provenientes do Governo Estadual e de colaborações da comunidade. A capacitação é feita, principalmente, através de cursos voltados para a aprendizagem da leitura e escrita em Braille e de cálculos matemáticos, com a manipulação dos instrumentos apropriados, e através de práticas educativas para uma vida independente.
Principais Conclusões:
Constatamos, de acordo com nossos estudos e investigações, que a E.E.F. Instituto dos Cegos emprega o modelo educacional de Integração Escolar. Na verdade, as expectativas da gestão dessa instituição, sobre a inserção de alunos com deficiências visuais no ensino regular, se apóiam sobre a educação inclusiva. No entanto, essa inserção só se dá na medida em que estes demonstrem condições para acompanhar a turma na qual serão integrados, recebendo, paralelamente, apoio especializado do CAP; e não como prega o modelo educacional de Inclusão Escolar, no qual esses alunos devem ser inclusos nas classes comuns do ensino regular, independentemente do tipo ou grau de comprometimento; onde a escola é quem deve, responsavelmente, se adequar às necessidades educacionais e estruturais dos alunos especiais, através da flexibilização curricular e acessibilidade física do meio.
Porém, apesar dos pesares, consideramos que a E.E.F. Instituto dos Cegos busca, sensivelmente, nas práticas de humanidade e solidariedade, suas e da sociedade civil, alcançar meios que possibilitem a uma parte dos excluídos da sociedade, no caso, os deficientes visuais, o acesso ao ensino regular e, deste modo, fornecer condições mais dignas, de convivência pessoal e educacional, no mínimo, entre eles e os demais membros da mesma sociedade.
Acreditamos que se mais instituições tivessem o mesmo objetivo daquela, o de afirmar o respeito às diferenças e a compaixão para com o próximo, nós, seres humanos, nos encaminharíamos para a consolidação de uma vida mais harmoniosa e feliz.
As visitas as instituições nos ensinam bastante e contribuem bastante para o enrequecimento do nosso conhecimento.
ResponderExcluirEste modelo de integração é bem mais comum do que possamos imaginar, como pregar a inclusão se não acreditamos na capacidade dos nossos alunos com necessidades especiais? Bem contraditória essa visão da instituição. Enfim, toda experiência e vivência dessa prática é valida, para revermos conceitos, exercitarmos as nossas críticas e principalmente pelo aprendizado!
ResponderExcluirNada como a prática para sabermos da realidade, as visitas as instituições nos proporcionam isso,infelimente ainda o descaso persiste há uma parte no trabalho que relata a falha da instituição quanto a uma parte da sua estrutura física.
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