25 de fevereiro de 2010

Pedagogia Hospitalar: Atuação do novo pedagogo

Alunas autoras: Ana Carolina Cardoso e Sheila Rocha Bandeira

Este artigo aborda o papel do pedagogo em instituições não escolares – no caso, hospitais - a partir de uma breve contextualização e de seu papel nos dias atuais. É uma apresentação objetiva e simples que teve como base pesquisas na internet sobre pedagogia hospitalar. Apesar da grande quantidade de fontes para a pesquisa o foco foi dado aos artigos de Wolf e Esteves. Para isso, abordamos o surgimento da Classe Hospitalar e a atuação dos pedagogos neste ambiente nos dias de hoje.

Esse estudo nos serviu para compreender como a pedagogia pode ser eficaz em diferentes ambientes, pois existem diversos lugares que necessitam de auxílio não só médico, mas de auxílio educativo.

Segundo ESTEVES, com a Segunda – Guerra Mundial há o aparecimento de crianças e adolescentes mutiladas e atingidas pela guerra de alguma forma. Por essa razão, em 1935, Henri Sellier cria a Classe Hospitalar com o objetivo de amenizar as dificuldades destes indivíduos em relação à educação.

Em 1939, o cargo de Professor Hospitalar surge com o Ministério da Educação na França. O seu objetivo é mostrar que o espaço educativo não se restringe somente ao ambiente escolar, mas a educação pode chegar à lugares antes não viáveis.

Até hoje muitos profissionais defendem a criação de Classes Hospitalares, especialmente os médicos, pois sabem que o seu envolvimento com o paciente, através de intervenções e outros tipos de atividades, irá contribuir para a sua melhora (em relação à doença) e o seu contínuo desenvolvimento educativo.

A escola, enquanto espaço de socialização de indivíduos, repentinamente deixa de existir para crianças e adolescentes que possuem alguma deficiência ou são acometidos por alguma doença grave e são obrigados a passar grandes temporadas de internamento em hospitais, passando a conviver com o isolamento, privado de amigos e às vezes até mesmo esquecido por seus parentes. Por esse motivo se vê privado de sua escolaridade, necessitando de um atendimento educacional que lhe permita manter-se aprendendo, sem ruptura com o processo de educação.
Para WOLF, o serviço hospitalar, tradicionalmente, foi o espaço de atuação exclusiva dos profissionais da área da saúde. No entanto, a partir de meados do século XX, o pedagogo pôde atuar em diversas áreas, de forma terapêutica e educacional, passando a estabelecer vínculos que se estabelecem na relação ensinar e aprender, proporcionando uma melhoria de ensino para crianças que necessitam de atendimento especial em ambientes não convencionais, como a escola.

A diversidade já se inicia na Universidade, na formação, quando os diferentes tipos de ciências encontram-se nos mais variados ambientes. Essa prática transdisciplinar traz para o paciente tudo que há de mais avançado e a melhor maneira de ter o indivíduo como sujeito inteiro, não só uma parte dele.

Com o intuito de haver uma melhor qualidade de vida para os pacientes em período escolar, a Pedagogia Hospitalar utiliza a visão humanística, olhando o ser como todo, com sua singularidade e sua subjetividade, e não apenas um sintoma ou uma doença aparente. Por isso, faz-se necessário a melhor capacitação profissional, além de uma melhor estrutura para realizá-la.

Sentimentos como medo e ansiedade são típicos em jovens e crianças em processo hospitalar, mas a pedagogia hospitalar com profissionais qualificados atenderá os pacientes de forma a desenvolver as condições necessárias e adequadas para cada jovem e para cada criança.

Wolf diz que os pedagogos hospitalares têm como funções: atuar nas unidades de internação, na ala de recreação e no ambulatório, buscando atender de forma humanística o paciente e a sua família – que também recebe o auxílio dos profissionais que ali atuam.

As principais atuações do pedagogo são atividades lúdicas - que agem como forma de estratégias para a motivação e recuperação do paciente no hospital – com jogos, dramatizações, pinturas e desenhos.

O pedagogo atualmente é um novo profissional, pois deve ser preparado não só para o ambiente escolar, mas para diversos outros, como por exemplo, o ambiente hospitalar. Para isso, é necessário – também - um mínimo de sensibilidade, pois não haverá apenas um sintoma, uma patologia, uma doença, mas haverá um ser humano em desenvolvimento emocional, afetivo e cognitivo, que precisa de uma orientação escolar no período em que se encontra enfermo ou que se recupera de algum tipo de doença.

A Pedagogia Hospitalar abrange não só o momento em que o indivíduo requer cuidados médicos, mas requer também cuidados afetivos, além das atividades escolares que são imprescindíveis e necessárias a qualquer jovem e criança.

Pudemos perceber, também, que o pedagogo é um novo profissional em busca da integração escolar seja qual for o ambiente. Favorecendo ao bem – estar social e a melhor qualidade de vida dos pacientes que em algum momento necessitam de auxílio de profissionais das mais diversas áreas.

Bibliografia:
ESTEVES. Cláudia R. Pedagogia Hospitalar: um breve histórico. Em: http://www.smec.salvador.ba.gov.br/site/documentos/espaco-virtual/espaco-educacao-saude/classes-hospitalares/WEBARTIGOS/pedagogia%20hospitalar....pdf
Dia de acesso: 24 de janeiro de 2010 às 18h39.

WOLF, Rosângela Abreu do Prado. Pedagogia Hospitalar: a prática do pedagogo em instituição não-escolar. Em: http://www.uepg.br/revistaconexao/revista/edicao03/artigo11.pdf
Dia de acesso: 24 de janeiro de 2010 às 19h30

8 comentários:

  1. Muito bom o trabalho das meninas!
    Além da colaboração que elas deram em mostrar o que é a pedagogia hospitalar,conseguiram também desmistificar o fato de que o pedagogo encontra-se apenas nas escolas.
    O fato de educar o ser humano não deve ser restrito apenas as salas de aula.Como foi bem especificado pelas meninas,existem crianças e jovens,que tem sua trajetória escolar interrompida por uma doença,por um acidente,por alguma deficiência física,que as impossibilita de estarem em salas de aula convencionais,ou seja,mesmo estando em hospitais,é necessário que elas continue a ser educadas.
    A partir disso,surge o Pedagogo Hospitalar.
    Pessoalmente,vim saber dessa função do pedagogo,a pouco tempo,mas,fiquei realmente impressionada com relação a isso,pois é possível perceber que a pedagogia,pode ser realmente aplicada em praticamente todas as áreas profissionais.
    Não somos limitados apenas as salas de aula,aos colégios...podemos atuar em empresas,hospitais,etc.
    No mais,deixo meus parabéns as meninas pela contribuição quanto ao artigo,foi realmente muito esclarecedor.

    SARAH DE ANDRADE CUNHA MARQUES

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  2. Camila Maria Rodrigues27 de fevereiro de 2010 às 17:41

    Oi meninas, adorei o trabalho de vocês, e acho muito importante o trabalho do pedagogo no ambiente escolar, é uma peda que nem sempre os hospitais abrem as portas para nós.
    E o mais importante é que além de mostrar que este pode ser um espaço educativo também, esta ação do pedagogo hospitalar trás muito auto estima para a criança. Tenho uma irmã que se internou por uns dias no hospital que tinha pedagogo hospitalar, e a gente percebia que lá tinha momentos que ela até esquecia que estava doente, pelas atividades e distração que ela tinha com a pedagoga.
    Esta ação além de contribuir na educação da criança, ajuda também no seu processo de reabilitação.

    ASS: CAMILA MARIA RODRIGUES

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  3. meninas, obrigada!
    espero que o trabalho elaborado tenha esclarecido algumas dúvidas de vocês, pois para mim serviu bastante para entender um pouco mais sobre essa área de atuação que não é tão divulgada.

    obrigada pelos elogios!

    Beijos!
    Sheila Rocha Bandeira.

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  4. É sempre interessante ler sobre as diferentes áreas de atuação do pedagogo e, mais do que isso, divulgar que lugar de professor não é só na escola, que é o que muita gente acha.
    Esse trabalho me fez ver que a atuação do pedagogo é importante onde quer que haja a necessidade da sua atuação, independente de ser um local convencional ou não. Trabalhar com a educação dentro de um hospital é garantir que crianças com a saúde comprometida tenham a mesma oportunidade de desenvolvimento que qualquer outra criança.
    Parabéns pelo trabalho, Sheila!

    Bruna Eliza de Sousa Lima

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  5. Sempre tive a curiosidade de conhecer um pouco mais sobre a Pedagogia Hospitalar. Lembrei dos diversos professores que comentavam sobre essas diversas áreas que, nós pedagogos e/ou futuros podemos atuar, mas infelizmente, não nos aprofundaram sobre as mesmas. Posso citar como exemplo, o Hospital Sarah Kubitschek que apresenta em seu quadro de funcionários, pedagogos que atuam na área hospitalar.

    Afirma uma pedagoga que trabalha no hospital:
    "O Sarah tem uma proposta de trabalho interdisciplinar e o professor
    também faz parte dessa equipe, pois considera que o paciente não tem
    só braço e perna. A gente entende que o ser humano tem outras
    necessidades como aprender, buscando abordar o paciente de forma
    global. Nesse sentido, o professor trabalha com a aprendizagem, com
    a cognição, com o pensamento, com a capacidade que o paciente tem
    de raciocinar. Toda a equipe tenta entender o trabalho do outro, mas
    claro que cada um tem sua parte específica."


    Enfim, excelente trabalho meninas!

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  6. adorei o trabalho pois mostra como é importante que exista um pedagogo no ambiente hospitalar,não só para alfabetizar a criança,mas também dar carinho a ela em um momento difícil de sua vida.
    parabéns pelo trabalho!

    Priscila Fernandes de Souza

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  7. A pedagogia hospitalar é um ramo que de inicio me chamou atenção, pelo fato de tirar o pedagogo do meio lhe imposto que seria apenas a sala de aula, e trabalhar com quem está impossibilitado de frequentá-la. A partir desta deixa, que as meninas (Sheila e Ana Carolina) deixaram no trabalho, proponho que nossos estágios também possam ser em hospitais. Fariamos um bem a nós ( nos tornando úteis para pessoas que necessitam de um carinho, de um sorriso, e não apenas de médicos e de um ambiente rígido que é um hospital)e as crianças e pais que estivessem lá ( dando alegria, que é o que eles tanto precisam.)

    Fica a dica. Parabéns meninas .

    ass: Stephanie Barros

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  8. ola boa tarde
    estou no primeiro ano de pegagogia ,estou querendo me especializar na aréa pedagogia hostipalar gostria de conhecer um pouco mais sobre este trabalho...
    desde ja obrigado e parabens pelo trabalho de voces ...... tenha um otimo domingo
    ass: sandra

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