31 de agosto de 2009


ACESSIBILIDADE


Por Renato e Iasmin


O vídeo, que pode ser acessado por meio do link abaixo, trata-se de uma produção (como as demais constantes desse espaço virtual) de dois alunos da disciplina de Fundamentos da Educação Especial da UECE (2009), cuja temática principal é a acessibilidade. Os alunos realizaram a produção, gravação e edição do vídeo que, assim, busca retratar o que os aluno concebem como acessibilidade. Utilizaram várias locações na cidade de Fortaleza-Ce, tais como terminal de ônibus, logradouros públicos e, ainda, a universidade (Universidade Estadual do Ceará-UECE) na qual estudam, buscando evidenciar como uma pessoa com deficiência exercita seu direito constitucional de ir e vir pela cidade.
O vídeo é um convite à reflexão sobre o assunto. Assim, navegem guiados por Renato e Iasmin pela cidade de Fortaleza, a partir do ponto de vista de uma pessoa com deficiência...


Vídeo: ACESSIBILIDADE EM FORTALEZA: http://www.youtube.com/watch?v=xiytV1zPLK4





Por Wandressa e Sérgio
O filme de Porta em Porta nos sensibiliza a todo o momento. Seu enredo versa sobre diferenças, indiferenças e acertos.

Retrata uma pequena família composta por mãe e seu único filho: Bill Potter. Este vai em busca de emprego e tem sua mãe como motivadora essencial. Bill se auto-motiva mesmo sendo rejeitado devido à sua “condição diferente”, pois na infância teve paralisia cerebral que o deixou com algumas seqüelas.


Combina uma forma desengonçada de andar e de falar com grande empenho na conquista de um emprego. Especialmente, quando sai de uma entrevista de emprego encontra sua mãe que está à sua espera - ela vê em seu filho expectativa e esperança quanto às suas potencialidades.


A partir daí Bill retorna ao prédio e encara o seu futuro chefe com mais ênfase, fazendo com que a vaga proposta torne-se sua, tornando-se um vendedor de "Porta em Porta”.
A partir de então assistimos a um festival de superação por parte de Bill, pois geralmente é visto pelos outros como incapaz, medonho pela forma de andar e falar, sendo, muitas vezes, ignorado.


Contudo, não desiste e percebe que há grandes potencialidades em si e que vai exercitar a paciência, a amizade e, claro, o diálogo e a ouvida do outro para fazer-se ouvir também.
Papéis de assistência e acomodação não fazem parte do sucesso de Bill. Ao contrário, percebe-se grande força de vontade em superar-se e no cumprimento das metas estabelecidas profissionalmente.


Na sequência a mãe de Bill passa por uma “doença degenerativa” que a faz perder a memória a cada dia, fazendo com que Bill se torne ativo no processo de resignificar a situação de "quem cuida de quem”.


Pudemos perceber uma extrema ligação entre os personagens, cada um vivendo um momento delicado. Presente também a questão da homossexualidade e do adultério no filme. Ressalta, ainda, alguns recortes históricos de mudança sociais, econômicas e tecnológicas, pois não só Bill supera os preconceitos, mas também se adapta com bastante rejeição aos “novos tempos”, mesmo sendo a hora social ou biológica para se aposentar.

Um filme extraordinário que abre muitas discussões sobre a inclusão de uma forma ampla e não assistencialista, trata de capacidades, afeto, empatia e motivação, de acreditarmos que a “minoria” faz a diferença, é formadora, é mobilizadora de opinião e que tem a capacidade de acreditar na transformação e ter papel ativo nesse constante processo. O filme nos transmite a capacidade de acreditar em si, não importando os limites sociais e estruturais e que todos nós podemos ser agentes de transformação.

30 de agosto de 2009

V Seminário Nacional de Pesquisa em Educação Especial


Participamos nos últimos dias 26 a 28 de agosto, em São Paulo, de um importante encontro científico da área, cuja temática foi Formação de Professores em foco.

A Prof. Dra. Rita de Cássia B. P. Magalhães foi convidada a participar do evento no Painel II, entitulado Educação Especial e Formação nos cursos de Pedagogia, apresentando o trabalho Pedagogia em Tempos de Educação Inclusiva: a formação inicial em debate.

Cada um dos professores convidados ao evento podia indicar até dois orientandos de pós-graduação para participarem do evento. Assim, eu (Ana Paula L. B. Cardoso) e uma outra aluna (Fabricia Gomes da Silva) do Mestrado em Educação da UECE nos enriquecemos com os debates e discussões mais atuais na área.

Três programas de pós-graduação do país organizam o evento: a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Universidade Federal do Espírito Santo e a Universidade Federal de São Carlos nas pessoas dos pesquisadores Prof. Dr. Cláudio Roberto Baptista, Prof. Dra. Denise Meyrelles de Jesus e Prof. Dra. Kátia R. Moreno Caiado, das três universidades, respectivamente.

O evento contou com a participação de 26 pesquisadores em educação especial do país e o Ceará estave representado pela Prof. Rita de Cássia Magalhães.


Na foto, da esquerda para direita, Prof. Kátia,
Prof. Cláudio, Prof. Denise e Prof. Rita.

24 de agosto de 2009

Acessibilidade


Por Tânia e Yara


Estamos vivendo uma época em que se discute o direito dos deficientes a ter acesso a todos os serviços e direitos de que usufrui a população em geral. Daí o termo ‘acessibilidade’. A intenção é permitir a inclusão social das pessoas portadoras de deficiência que, como cidadãos, têm os mesmos direitos que os não-portadores de deficiência. Para isso, a sociedade precisa adaptar a maneira com oferece seus serviços às diferentes necessidades especiais existentes. Em seu texto, Jesus afirma que: “No processo de inclusão, há quatro fatores de suma importância para essas pessoas: a garantia da educação, a garantia do trabalho, a garantia do convívio social, e de uma vida afetiva também satisfatória”.

O texto da lei de acessibilidade contido no Decreto-Lei 5.296, de 2/12/04 é longo e esclarece os direitos dos deficientes físicos de ter acesso aos diferentes locais, serviços e informação. Os muitos tipos de deficiência são mencionados no texto e também os direitos que as pessoas portadoras de deficiência têm à acessibilidade.


Por acessibilidade entende-se, segundo o decreto acima citado, o direito que o portador de deficiência tem de ter acesso a lugares públicos, transportes, lazer, educação, entre outros. O mesmo decreto faz referência à necessidade de surdos e cegos terem serviços oferecidos em Libras e Braile, respectivamente. O decreto também determina a obrigatoriedade de sinais em lugares públicos determinando o atendimento prioritário a pessoas com deficiência.


No entanto, até que ponto podemos dizer que nossa cidade oferece aos portadores de deficiência a possibilidade de usufruir dos serviços que a mesma oferece ao público em geral? Quantas escolas oferecem acesso à cadeirantes, por exemplo, fazendo com que sua limitação física deixe de ser um obstáculo ao seu desenvolvimento acadêmico? A idéia de Educação Inclusiva passa obrigatoriamente pela reestruturação arquitetônica dos prédios, permitindo aos deficientes físicos que tenham acesso ao espaço físico da escola.


Além da estrutura do prédio, devemos lembrar que tornar a escola acessível a deficientes visuais, por exemplo, significa disponibilizar aos mesmos equipamentos que permitam sua participação nas atividades escolares. No caso dos surdos, a formação de professores em LIBRAS se torna essencial para que haja comunicação entre alunos e professores e para que o processo de aprendizagem possa ter sucesso. Além disso, a adaptação do currículo é um item essencial para atender pessoas com necessidades educacionais especiais. E mais importante ainda é a formação do profissional de Pedagogia de maneira que o mesmo possa atender às diferentes necessidades educacionais da população.


A Educação Inclusiva é vital para que o deficiente possa, posteriormente, ter a possibilidade de entrar no mercado de trabalho. Tendo acesso à educação e ao mercado de trabalho, podemos dizer que o deficiente terá a possibilidade de conviver em sociedade e, quem sabe, poder desenvolver relações afetivas fora da família que complementem sua vivência.


No entanto, será que estruturas físicas apropriadas, currículos modificados ou linguagens específicas são suficientes se a população como um todo insiste em, primeiro, achar que o deficiente é um incapaz e, em segundo, não perceber que, sem as devidas adaptações, essas pessoas estarão sempre à margem da sociedade? Além do cumprimento da lei, parece que existe outro ponto de suma importância para viabilizar a participação de pessoas com deficiência da vida em sociedade como têm direito. A mudança atitudinal da população parece ser importante para tornar possível a inclusão do deficiente.


Assim, pode-se dizer que o processo de inclusão passa necessariamente por uma via governamental, no que se refere à obrigatoriedade da lei em favor da oferta de ‘acessibilidade’ em todos os âmbitos mencionados acima. Contudo, torna-se imprescindível atentarmos para o aspecto social, com o reconhecimento da população da necessidade de adaptações que levem os deficientes a ter acesso a uma melhor qualidade de vida.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
http://www.acessobrasil.org.br/.
JESUS, Elisângela Maria de. Acessibilidade. Em http://www.paralerepensar.com.br/.

20 de agosto de 2009

Resenha do Filme: Meu Pé Esquerdo


Christy Brown nasceu em 5 de junho de 1932 e faleceu em 7 de setembro de 1981. De nacionalidade irlandesa, foi escritor, artista plástico e poeta, autor do livro que se chama My Left Foot (Meu Pé Esquerdo) e que deu origem ao filme de mesmo nome. Casou-se com sua enfermeira, Mary Car, em 5 de outubro de 1972.


O filme relata as dificuldades vividas por Christy. Ele que nasceu com deficiência física e paralisia cerebral, o que lhe impedia de movimentar praticamente todo o seu corpo, exceto seu pé esquerdo. Ele conseguiu superar diversos obstáculos como o preconceito, o desrespeito, o descrédito social, além dos problemas familiares como um pai extremamente autoritário e incompreensível (Sr. Paddy), que o julgava como estorvo, uma dificuldade a mais em sua existência. Sua mãe era carinhosa (Sra. Bridget) e, com muito amor e esperança, lhe ensinou o alfabeto e motivou na busca pela superação de seus limites. Esforçou-se na economia para a compra de uma cadeira de rodas, chegando a fazer a família passar frio por falta de carvão no inverno e a se alimentar precariamente para cumprir esse objetivo. Ela confiava que ele poderia encontrar soluções pessoais para as suas eventuais dificuldades. Ao lado de seus 13 irmãos buscava incluí-lo nas atividades de recreação, tanto quanto possível.

Mesmo com a atrofia de um dos membros e da paralisia cerebral, Christy, usando seu pé esquerdo, fez os seus primeiros rabiscos num pequeno quadro negro que tinha no chão de sua casa.

Sua mãe conheceu a Dra. Eileen Cole, que era especialista em paralisia cerebral. Ela convidou Christy a freqüentar sua clinica na cidade de Dublin. Ele não se adaptou por ser tratado como criança. Mas resolveu aceitar a ajuda da médica que, com uso de técnica da logopedia, fez com que ele pronuncie melhor as palavras (até então só sua mãe o entedia).


Com todos esses avanços ele alcançou o reconhecimento de sua família e notáveis realizações na arte e na literatura. Percorreu uma fascinante trajetória de vida, conseguindo vencer vários obstáculos com a ajuda de sua mãe e irmãos. Foi capaz de se auto-sustentar e sustentar sua família.

A história de Christy é um convite à reflexão e conscientização, pois nos ajuda a compreender as dificuldades e as necessidades de quem tem algum tipo de deficiência, nos convidando ao respeito e alteridade dos deficientes.



O filme foi exibido pela primeira vez no ano de 1989, do gênero drama biográfico dirigido pelo irlandês Jim Sheridan e com roteiro baseado na autobiografia de Christy Brown, sendo ganhador do Oscar em 1990, vencendo nas categorias de Melhor Ator Principal (Daniel Day-Lewis) e Melhor Atriz Coadjuvante (Brenda Fricker). Indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Adaptado. BAFTA 1990 (Reino Unido), venceu nas categorias de Melhor Ator (Daniel Day-Lewis), Melhor Ator Coadjuvante (Ray McAnally). Indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Maquiagem e Melhor Roteiro Adaptado. Prêmio David di Donatello 1990 (Itália), Venceu na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. Globo de Ouro 1990 (EUA), indicado nas categorias de Melhor Ator - Cinema (Daniel Day-Lewis) e Melhor Atriz Coadjuvante - Cinema (Brenda Fricker). Independent Spirit Awards 1990 (EUA) e venceu na categoria de Melhor Filme.

Atividade postada por Patrício.




Legislação referente à pessoa com deficiência

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

TÍTULO II - DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS

Art. 7.º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;

Art. 23º. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;

Art. 24º. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;

Art. 37º - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (redação E.C. nº 19, de 04.06.98.)
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão;

SEÇÃO IV - DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 203º. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.

CAPÍTULO III - DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO
SEÇÃO I - DA EDUCAÇÃO

Art. 208º. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;

CAPÍTULO VII - DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DO IDOSO

Art. 227º. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
§ 1º - O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da criança e do adolescente, admitida a participação de entidades não governamentais e obedecendo aos seguintes preceitos:
II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para os portadores de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de preconceitos e obstáculos arquitetônicos.
§ 2.º A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.


LEGISLAÇÃO ORDINÁRIA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

LEI Nº 7.405, DE 12 DE NOVEMBRO DE 1985

Torna obrigatória a colocação do “Símbolo Internacional de Acesso” em todos os locais e serviços que permitam sua utilização por pessoas portadoras de Deficiência, e dá outras providências.

LEI Nº 7.853, DE 24 DE OUTUBRO DE 1989

Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - Corde, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define Crimes, e dá outras providências.

LEI Nº 8.989, DE 24 DE FEVEREIRO DE 1995

Dispõe sobre a Isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, na aquisição de automóveis para utilização no transporte autônomo de passageiros, bem como por pessoas portadoras de deficiência física, e dá outras providências.

LEI Nº 8.989, DE 24 DE FEVEREIRO DE 1995

Dispõe sobre a Isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, na aquisição de automóveis para utilização no transporte autônomo de passageiros, bem como por pessoas portadoras de deficiência física, e dá outras providências. (NR) Redação da LEI No 10.754/31.10.2003)

LEI Nº 10.182, DE 12 DE FEVEREIRO DE 2001

Restaura a vigência da Lei no 8.989, de 24 de fevereiro de 1995, que dispõe sobre a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na aquisição de automóveis destinados ao transporte autônomo de passageiros e ao uso de portadores de deficiência física, reduz o imposto de importação para os produtos que especifica, e dá outras providências.

Lei Nº 8.899, de 29/06/1994, Decreto 3.691, de 19/12/2000

Concede passe livre às pessoas portadoras de deficiência no sistema de transporte coletivo interestadual, e dá outras providências.

LEI Nº 10.226, DE 15 DE MAIO DE 2001

Acrescenta parágrafos ao art. 135 da Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965, que institui o
Código Eleitoral, determinando a expedição de instruções sobre a escolha dos locais de
votação de mais fácil acesso para o eleitor deficiente físico.

LEI Nº 10.098, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000

Estabelece normas gerais e critério básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências

LEI Nº 9394/96, LDB - EDUCAÇÃO ESPECIAL

O capítulo V desta lei dispõe sobre a definição de Educação Especial, prevê os serviços de apoio especializado para atendermos portadores de necessidades especiais, quando necessário, na escola regular, bem como, estabelece as garantias que o Sistema de Ensino deve assegurar a esses educandos.

LEI Nº 8069/90, ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

O capítulo IV, art. 53, III, prevê o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente, na rede regular de ensino.

LEI Nº 10436/02. Reconhece como meio legal de expressão a Língua Brasileira de Sinais LIBRAS e outros recursos a ela associados.

LEI Nº 7853/89. Dispõe sobre o apoio às pessoas com deficiência, sua integração social e atribui ao poder público e seus órgãos a incumbência de garantir-lhes o pleno exercício de seus direitos básicos.

LEI Nº 8859/94, modifica dispositivos da LEI N 6494/77, estendendo aos alunos de ensino especial o direito à participação em atividades de estágios.

DECRETOS

DECRETO Nº 5.296/04. Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e D.O.U. de 3.12.2004

DECRETO Nº 6.215/07. Institui o comitê gestor de políticas de inclusão de pessoas com deficiência.

DECRETO Nº 6.214/07. Regulamenta o benefício de prestação continuada da assistência social devida à pessoas com deficiência.

DECRETO Nº 6.571/08. Dispõe sobre o atendimento educacional especializado.

DECRETO Nº 3.952/01. Cria o Conselho Nacional de Combate à Discriminação.


LEGISLAÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA.

ONU, 2007. Sobre os direitos das pessoas com deficiência, Carta Para o 3º Milênio.

Declaração de Salamanca.

Declaração Internacional de Montreal Sobre Inclusão.

Conferência Internacional do Trabalho.

Convenção da Guatemala.

Declaração Internacional dos Direitos das Pessoas Deficientes.

Atividade elaboradas pelas alunas Nathália e Luzia.

18 de agosto de 2009

Reportagem com Atleta cego


Recomendo esta reportagem sobre um triatleta que é cego.

Ele fala de sua adaptação à condição de pessoa cega e mostra-nos sua forma de vivenciar sua deficiência.

Acho que pode proporcionar uma outra percepção da pessoa com deficiência: alguém que se determina, vence obstáculos à primeira vista intransponíveis e resolve praticar um esporte de alta performance.

Deixem-se "impressionar" (em um primeiro momento, pois algo provável!), mas pensem no que este exemplo pode colaborar com a nossa forma de perceber-nos.

O que esta pessoa (a exemplo de muitas outras) pode mostrar-me com sua forma de perceber o mundo e o que está à minha volta?

Vale a pena "passear" por este endereço, apostem!!!



OBS.: Ah... E pode ser que alguém lhes seja familiar. E nesse caso não será mera coincidência!

Paula Cardoso
Estagiária da Disciplina








Visita a Instituição Especializada: Casa da Esperança


Assim que entramos na Casa da Esperança vimos um local colorido e confortável, com áreas verdes e um amplo espaço para atividades recreativas. Havia playground para as crianças e piscina para pacientes de todas as faixas etária.


A instituição procura contribuir teórica e praticamente para que haja respeito à integridade da pessoa autista, tratando seus educandos não como pessoas com “defeito”, mas como seres humanos completos que são e que devem ser estimulados a um desenvolvimento pleno, superando suas dificuldades.


A avaliação do trabalho desenvolvido e os esforços educativos contam com a total participação dos familiares, já que são eles os especialistas que buscam tratar com a individualidade destas crianças.


Percebemos que além do autismo, havia crianças e adolescentes com Síndrome de Down. Percebemos alguns destes mais isolados e, por isso, indagamos acerca do porquê deste isolamento. Fomos informadas que isto se dava porque alguns deles tinham dificuldade de se relacionar com os outros, justificando seu “isolamento” naquele momento. As crianças eram acompanhadas por monitores, até mesmo na hora das brincadeiras, pois corria o risco de se machucarem ou mesmo se desentenderam.


Ao proporcionar atividades culturais e de lazer a pessoas portadoras de autismo, a Casa da Esperança procura melhorar o desempenho dos jovens autistas em atividades cotidianas e práticas, contribuindo assim, para a inserção desse jovem na vida familiar e comunitária.


Os alunos participam de alguns programas: - escolarização: desenvolvimento de habilidades acadêmicas e preparação para o ingresso suporte para a permanência na rede regular de ensino; - vivencia terapêutica: desenvolvimento de habilidade comunicacionais de auto-cuidado, regulação emocional; - educação profissional: oficinas protegidas de serigrafia, lancheria, artes plásticas, artesanatos e informáticas, preparando para o mundo do trabalho; - musicalização: desenvolvimento de habilidades artísticas através de estimulação musical; - atividade sócio-educativas; - palestras; - exposição de filmes; - debates; - passeios; e - confraternização.


Como forma de auxiliar no desenvolvimento dos pacientes da Casa da Esperança a instituição conta com uma equipe de profissionais das várias áreas como: medicina, pedagogia, assistentes sociais, administração, marketing, fisioterapia, alem de agentes e acompanhantes terapêuticos.






Histórico da Casa da Esperança


Trata-se de uma entidade privada, sem fins lucrativos, especializada no atendimento a pessoas com transtornos do espectro do autismo.
Fundada no início dos anos 90, pela médica pediatra Fátima Dourado, em pouco tempo se transformou em uma entidade modelar, sendo hoje, uma referência nacional e internacional em sua área de atuação. Destaca-se pelos bons serviços prestados, por sua contribuição ao campo do conhecimento e por seu compromisso com a luta pela dignidade das pessoas com autismo.Instalada em sede própria, ocupando uma área de 10 mil metros quadrados especialmente construída e ambientada para o atendimento integral às especificidades do espectro do autismo, a Casa da Esperança atende atualmente a cerca de 350 pacientes, em regime de 4 ou 8 horas/dia, o que a torna a maior instituição no atendimento a autistas do Brasil e uma das maiores do mundo.


Em 2003 a Casa da Esperança se tornou a primeira entidade nacional credenciada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para realizar procedimentos de alta complexidade em pessoas com autismo. Para tanto, compôs uma equipe multiprofissional nas áreas de Medicina (nas especialidades de Pediatria, Neurologia, Psiquiatria e Clínica Geral), Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Psicologia, Fisioterapia, Enfermagem, Assistência Social, Pedagogia, além de Agentes e Acompanhantes Terapêuticos.




Relato de Visita feito pelas alunas: EMANUELLE OLIVEIRA DA FONSECA e VIVIAN KELLY PEREIRA LIMA.

17 de agosto de 2009

Resenha do livro "Um antropólogo em Marte", texto "Ver e não ver".


SACKS, Oliver. Ver e não ver. In: Um Antropólogo em Marte: sete histórias paradoxais. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

por Nathália Laurentius e Luzia O. de Sousa, alunas da disciplina

O livro Um Antropólogo em Marte foi lançado no Brasil em 1995. O autor, Oliver Sacks, é um neurologista com grande habilidade para narrar distúrbios neurológicos complexos, de forma que o leitor acaba sendo completamente absorvido pelas incríveis histórias de vida de seus pacientes.

Em “Ver e Não Ver”, Virgil com 50 anos, era praticamente cego, portador de uma doença hereditária que acabava aos poucos com sua retina. Amy era sua noiva e tinha um enorme desejo que ele fizesse uma cirurgia de catarata para que no dia do casamento pudesse ver tudo que lhe acontecia. No dia seguinte da operação do olho direito, Amy iniciou um diário contando tudo o que acontecia com seu noivo, suas primeiras sensações, visões e descobertas. Para Virgil houve uma enorme transformação em sua vida, pois já era bem acostumado com a vida que levava antes da cirurgia. Muitas vezes não conseguia utilizar da visão para identificar algo e sempre voltava a utilizar o tato como ferramenta. Uma pessoa que passa 50 anos sem enxergar, cria sua própria visão de mundo e para ele era muito complicado ver algo como um todo, e via sim coisas fragmentadas, por partes. Depois da operação do olho esquerdo Virgil melhorou a sua visão e se mostrava mais assentado em suas maneiras, apesar de tudo que passou se saiu muito bem, “mostrando um aumento constante em sua capacidade de apreender o mundo visual”.
Enfim, após 4 meses da cirurgia, Virgil desfalecera com pneumonia lombar, o que fez com que perdesse a visão novamente e assim teve que reaprender a ser cego novamente.
Esta história demonstra como o processo de visão não é só uma fotografia de mundo, mas é necessário para o cérebro interpretar os sinais que recebe dos olhos.
Essa história serviu como base para o roteiro do filme “A Primeira Vista”.


15 de agosto de 2009

Cantinho da Denúncia!*


Desrespeito às normas de acessibilidade põe em risco a vida de pedestres, principalmente, a de pessoas portadoras de necessidades especiais.


Em Messejana, precisamente na Rua Padre Pedro de Alencar, vizinho ao n° 1564, existe um condomínio cuja calçada foi construída de forma irregular, o que tem posto em risco a vida de dezenas de pedestres que residem no condomínio, bem como a de inúmeras outras pessoas que passam no local.
Estando no local pudemos constatar a dificuldade de um deficiente físico (cadeirante) para transpor o obstáculo construído na calçada e seguir o seu caminho de volta para casa.
O grande perigo pelo qual passam os pedestres é que esta rua possui um fluxo intenso de veículos pesados como: caminhões, ônibus e automóveis, e no justo local existe uma parada de coletivos.
O cadeirante, que não quis se identificar nem se deixou fotografar, teve que aguardar por vários minutos para poder passar para a rua e conseguir transpor aquele obstáculo. Ele foi obrigado a disputar espaço com os veículos que por ali transitavam, correndo o risco de ser atropelado. Teve muita sorte, pois naquele dia existiam dois agentes de trânsito da AMC no local que, percebendo o perigo que o cadeirante estava correndo, foram em seu auxilio e detiveram o fluxo de veículos até que ele conseguisse chegar a um local acessível da calçada e continuar seu percurso.
Solicitamos às autoridades municipais responsáveis da Regional VI que saiam um momento de seus escritórios seguros e refrigerados e vão ao local para se inteirarem do problema e contribuir para a melhoria do acesso as pessoas naquela área, cumprindo assim o seu dever e devolvendo as pessoas - principalmente aos deficientes físicos como aquele cadeirante - seu direito de ir e vir contemplado pela Constituição Federal.

Fortaleza, 11 de Agosto de 2009
Alberto Henrique Pereira Filho
Cleuma Raquel Cunha Santos
* Atividade desenvolvida pelos alunos da disciplina Alberto Pereira Filho e Cleuma Santos.

13 de agosto de 2009

Como organizamos este Blog

As produções inseridas neste blog são elaboradas pela turma da disciplina Fundamentos de Educação Especial do Curso de Pedagogia da UECE. Cada matéria postada foi elaborada por duplas ou trios de alunos (as) a partir de sugestões do coletivo da turma. Tanto a professora, quanto a estagiária da turma também poderão postar produções. A idéia é tornar pública a produção do grupo, bem como estabelecer interlocução com os(as) internautas que visitarem este espaço virtual. Pretendemos, assim, divulgar informações, conhecimentos de cunho científico, produções artísticas que envolvam direta ou indiretamente as pessoas com deficiência e, inclusive, outros grupos que compõem a tessitura da diversidade.

Nosso blog pode ser considerado um “portfólio virtual e coletivo” das leituras, das reflexões e das experiências vivenciadas por esta turma. Um portfólio em permanente atualização feito por um grupo que tem como característica principal o “gosto pelo desafio”.

Rita Magalhães (docente da disciplina)

11 de agosto de 2009

A disciplina

Desde a década de 1990 que a Educação Especial faz parte da grade curricular do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Ceará (UECE) como disciplina obrigatória. A disciplina atualmente é denominada “Fundamentos de Educação Especial” e compõe a nova grade curricular do Curso de Pedagogia com oferta no 5º semestre. A turma é composta por 33 aluno(a)s e conta com uma aluna do Mestrado em Educação da UECE realizando o seu Estágio de Docência.
Este semestre estamos organizando este blog com a intenção de compartilhar conhecimentos construídos e socializar as experiências vivenciadas durante o semestre. Esta idéia está associada à perspectiva de estímulo à capacidade de produção dos alunos desenvolvida há alguns anos, com o uso de portfólios como ferramenta no processo de avaliação no Ensino Superior. O blog possibilita não apenas a produção escrita, mas também a inserção de vídeos, fotos, etc.
A educação das pessoas com deficiência nos últimos anos vem ganhando relevância no âmbito das políticas educacionais, da organização da sociedade civil e da produção acadêmica. Isto se deve, em parte, ao apelo ético da noção de educação inclusiva e às implicações para a prática pedagógica evocada pela mesma.
A formação de professores, especificamente, de pedagogos sensíveis aos desafios e possibilidades peculiares à educação inclusiva torna-se premente. Faz-se necessário, ainda, espaços para discussão e divulgação de informações que colaborem no enfrentamento dos preconceitos e estereótipos vinculados à socialização e educação escolar de pessoas com deficiência.
Com estas palavras convidamos os navegadores do mundo contemporâneo (“os internautas”) a viajarem conosco nesta empreitada.

A professora


Sou Rita de Cássia Barbosa Paiva Magalhães (um nome imenso) e prefiro que me chamem Rita Magalhães. Sou pedagoga pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e desde o final da década de 1980 tenho me ocupado com o ensino, a pesquisa e a extensão, com temáticas relacionadas à educação das pessoas com deficiência. Fiz mestrado em educação especial na Universidade Federal de São Carlos e aprendi a importância da pesquisa meticulosa e precisa. Cursei Doutorado em Educação na UFC, investigando aspectos curriculares da educação inclusiva; aprendi a realizar interfaces e estabelecer uma interlocução entre Educação Especial e outras área de conhecimento como a Sociologia da Educação, os Estudos Culturais e as Teorias de Currículo.
Atualmente sou professora adjunta da Universidade Estadual do Ceará (UECE) exercendo a docência na graduação em pedagogia, em cursos de Especialização e no Mestrado em Educação da referida universidade. Realizo pesquisas no âmbito da Formação do Pedagogo e da Identidade Docente no contexto dos processos de Educação Inclusiva no Grupo de Pesquisa em Educação Especial da UECE.
Se me perguntarem por que me interessei por educação especial durante a minha formação não saberia responder ao certo, mas diria que a “diferença” e o “diferente” instigaram a minha jornada profissional e a cada dia reafirmam a minha crença na necessidade de construção de uma escola menos seletiva e atenta às demandas de seus alunos e professores.
Às vezes uso uma frase de Caetano Veloso para me definir: “Ninguém é comum e eu sou ninguém (...)”
Caso queiram conhecer melhor a minha trajetória profissional acessem o currículo lattes no endereço:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4708347Z6
Os curiosos sobre algo da minha produção científica acessem:
http://www.anped.org.br/reunioes/31ra/1trabalho/GT15-4920--Int.pdf
Para contatos: ritafora@hotmail.com

A estagiária


Meu nome é Ana Paula, mas sempre me apresento como Paula – assim me identifico e me reconheço. Sou mestranda do curso de Mestrado Acadêmico em Educação da UECE, cuja linha de pesquisa é Didática e Formação Docente e eixo Cultura, História e Diversidade. Trilhei alguns caminhos (ou vários) que me trouxeram até aqui: uma sala de aula da Universidade Estadual do Ceará, na disciplina de Fundamentos de Educação Especial.
Minha primeira formação é o Bacharelado em Direito, pela Universidade de Fortaleza (1998). Apostei as fichas que tinha à época que seria uma advogada realizada, mas não foi isso que aconteceu! Às vezes é preciso que caminhões pesados atropelem nossas trajetórias para que mudemos de rumo. No caso, não fui eu a pessoa atropelada, mas meu namorado e, por razões que a própria razão desconhece (ou não) mudei minha rota profissional. O namorado tornou-se marido (e dos especiais) e, passados alguns anos sem direção clara a seguir, desenvolvi meus melhores dois projetos de vida: meus filhos, Maria Clara (8) e Pedro (5).
E assim surge a Educação: como uma escolha livre e consciente, embora apontando para direções diversas das que já pareciam habituais. Nesse mesmo contexto descubro a Educação Especial e, para além da técnica, apaixono-me (pois, afinal de contas, um pouco de paixão na vida é sempre bem-vinda!). Inicio, nesta área, as atividades de pesquisa como bolsista de iniciação científica, o que atribuo como o grande diferencial de minha formação. Estes caminhos, certamente, foram minha referência na trajetória de busca pela pós-graduação no curso de Mestrado em Educação da UECE.
Como mestranda, fui contemplada com uma bolsa de estudos da CAPES e curso, atualmente, o segundo semestre. A fim de cumprir uma exigência da CAPES, bem como almejando ensaiar meus primeiros passos na docência do Ensino Superior, desenvolvo o Estágio de Docência Supervisionado nesta disciplina.
Planejar conteúdos, pensar metodologias, aprender a dinâmica da sala de aula e estar preparada para o incerto (por mais que planejado), para o improviso (quando o planejado torna-se impossível) e, no meio de tudo isso, sentir-me realizada e feliz: eis as metas que objetivo alcançar!
Mas ainda me pergunto: o que espero dessa atividade? Aprender, aprender, aprender! Com minha supervisora de estágio, a arte de ensinar; com os alunos, os caminhos que os levam a aprender. E, ainda, contribuir com os estudos sobre o Outro identificado por sua diferença [a pessoa com deficiência], para que tais conhecimentos se aprofundem e alcancem lugares importantes na academia e na sociedade.
Contatos: cardoso.paula@uol.com.br
Currículo Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4593136Y4.