Depois de uma temporada sem alimentar este espaço, anuncio a intenção de reativar as discussões neste blog. Desejando uma experiência pedagógica inovadora, eu, Paula Cardoso, estagiária da disciplina de Educação Especial do curso de Pedagogia da UECE, e a Prof. Rita de Cássia Magalhães resolvemos iniciar as primeiras atividades com os alunos daquela disciplina.
Na sequência, a prof. Carolina Bernardo e seus alunos passaram a contribuir com o blog, incrementando enormemente as postagens e discussões.
O tempo passou...
A prof. Rita Magalhães não está mais na UECE, mas na UFRN (Departamento de Educação); a prof. Carolina também não é mais professora desta instituição (pois agora aprofunda seus estudos na FACED/UFC, como doutoranda) e eu, como professora do curso de Pedagogia/UECE e doutoranda (UFC/FACED) assumo, então,
a responsabilidade de reativar este espaço de formação coletiva sobre as temáticas relativas à Educação Especial e áreas afins.
O desafio é novamente aceito. Quem embarca nessa comigo?
Todos são convidados.
20 de setembro de 2012
17 de março de 2010
Resenha do filme: Na ponta dos pés
Alunas autoras: Karla Evangelista e Walquiria Carvalho
O filme Na Ponta dos Pés (2003) aborda a questão do nanismo, e como o preconceito pode existir até mesmo dentro da própria família. A trama acontece em torno de um homem, Steven (Matthew Bright) e sua namorada Carol (Kate Beckinsale), que são muito felizes e apaixonados. O filme muda de rumo quando, Carol engravida, pois ela não sabe (só supõe) que Steven esconde um segredo que realmente o incomoda.
Steven é um homem de estatura “normal”, mas toda sua família é anã. Ao saber da gravidez da namorada fica muito preocupado, pois há uma grande probabilidade de seu filho nascer anão, contudo não revela nada a ela, até o momento em que ela descobre a verdade sobre a família de Steven por causa de uma visita surpresa que seu futuro cunhado, o irmão gêmio e anão de Steve, Rolfe (Gary Oldman) a faz.
Carol demonstra o preconceito no instante que conhece Rolfe e não consegue acreditar que Steven lhe omitiu algo tão sério. Apesar de tudo isso ela o procura e pergunta por que ele não contou antes e ele a sugere que eles não precisam passar por isso e que podem adotar um filho que seja normal, pois tem muito medo de seu filho nascer anão, mas ela não aceita.
Nesse momento, no filme, Steven se mostra mais preconceituoso que Carol, e o que nos chama a atenção aqui é que isso ocorre não pelo fato dele desconhecer sobre o assunto, e sim pelo conhecimento e aproximação que tem com sua família, ou seja, ele sabe todas as dificuldades, dores e sofrimentos que seu filho poderá passar se for anão e ele não quer que isso aconteça.
Conceitos sobre Altas Habilidades/Superdotação
Alunos autores: Cezanildo Ferreira Lima e José Orlando de Sousa Júnior
Atualmente, não existe uma concordância entre os estudiosos sobre o que seria a superdotação ou altas habilidades. Um dos conceitos mais citados vêm de Joseph Renzulli, que criou a teoria dos três anéis. A respeito desse conceito NICOLOSO E FREITAS dizem:
O quê são Pessoas com Altas Habilidades? Quais são essas Altas Habilidades? Muitas pessoas não sabem o que vem a ser essa necessidade educacional especial. Os professores acabam achando que são crianças “prontas”, que já sabem tudo ou que tem a habilidade de aprender tudo.
Muitos sofrem discriminação nas escolas e são tachados de “CDF”, “nota 10 em tudo”, “exibido”, dentre outras formas de rotulação que lhes são dadas. Alguns professores até os consideram problemáticos, por serem questionadores e não admitirem respostas infundadas, ou regras sem fundamentação lógica, por isso às vezes sofrem perseguições inclusive dos próprios professores por terem um sentimento de “inveja”, “desprezo” ou “revanche”.
A Organização Mundial de Saúde calcula que cerca de 3,5% a 5% de toda a população mundial possua alguma categoria de Alta Habilidade. É necessário que se compreenda quem são e como trata-los para que se desenvolva uma educação humanitária que tem como princípios a igualdade e o respeito.
Atualmente, não existe uma concordância entre os estudiosos sobre o que seria a superdotação ou altas habilidades. Um dos conceitos mais citados vêm de Joseph Renzulli, que criou a teoria dos três anéis. A respeito desse conceito NICOLOSO E FREITAS dizem:
Este conceito atribui aos Portadores de Altas Habilidades um conjunto constante de características que se mantém estáveis ao longo de suas vidas. Habilidade acima da média, alta criatividade e um grande envolvimento com as tarefas, ou seja uma alta motivação. Estes grupos se entrelaçam entre si e precisa haver uma interseção destes três "anéis" para que se possa afirmar que alguém é portador de altas habilidades.(NICOLOSO E FREITAS,2002)
Surdo oralizado apresenta a música para o surdo
Os vídeos apresentados abaixo pretendem mostrar como é passada a música para os surdos. Assim fizemos uma entrevista com o Lairton que é um surdo oralizado e com o Jonny que é intérprete de LIBRAS, e desenvolve um trabalho de tradução de música para os surdos. Mas você deve se perguntar: “Será que os surdos só podem compreender a letra da música?”, Não! Eles também sentem o som, através da vibração e por isso os dois entrevistados apresentaram o trabalho que eles realizam de adaptação dos aparelhos de som e televisão convencional, para um que possa transmitir a vibração com mais intensidade, fazendo com que os surdos sintam a música.
Vídeo I
10 de março de 2010
Algumas questões sobre o autismo
Alunas autoras: Bruna Eliza, Cinthia Loyola e Priscila Fernandes
O que é o autismo?
É um transtorno global no desenvolvimento (TGD), caracterizado por prejuízos qualitativos nas habilidades de interação social recíproca, habilidades de comunicação ou presença de estereotipias de comportamento, interesses e atividades. Vem sendo estudado pela ciência a cerca de seis décadas, mas ainda apresenta muitas divergências e perguntas sem respostas claras. Tem origem na infância e persiste ao longo de toda a vida, aparece nos três primeiros anos de vida, acomete cerca de 20 entre cada 10 mil nascidos e é quatro vezes mais comum no sexo masculino do que no feminino. Apesar de ser um distúrbio do desenvolvimento recorrente, o autismo ainda é visto com surpresa. Talvez isso aconteça por apresentar uma infinidade de características peculiares e também pelo fato de que a criança autista apresenta uma aparência física totalmente normal.
Quais as características e sintomas mais comuns que identificam a síndrome do autismo?
Segundo a ASA - American Society for Autism (Associação Americana de Autismo), a maioria dos sintomas está presente nos primeiros anos de vida da criança variando em intensidade de mais severo a mais brando, não sendo obrigatório que a criança apresente necessariamente todas essas características e sintomas.
1. Dificuldade de relacionamento com outras crianças;
2. Riso inapropriado;
3. Pouco ou nenhum contato visual;
4. Não quer ser tocado;
5. Isolamento, modos arredios;
6. Gira objetos;
7. Cheira ou lambe os brinquedos, inapropriada fixação em objetos;
8. Perceptível hiperatividade ou extrema inatividade;
9. Ausência de resposta aos métodos normais de ensino;
10. Aparente insensibilidade à dor;
11. Acessos de raiva - demonstram extrema aflição sem razão aparente;
12. Procedimento com poses bizarras (fixar objeto ficando de cócoras; colocar-se de pé numa perna só; impedir a passagem por uma porta, somente liberando-a após tocar de uma determina maneira os alisares);
13. Ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal);
14. Insistência em repetição, resistência à mudança de rotina;
15. Age como se estivesse surdo;
16. Dificuldade de comunicação em expressar necessidades - usa gesticular e apontar no lugar de palavras;
17. Não tem real noção do perigo;
18. Irregular habilidade motora - pode não querer chutar uma bola, mas pode arrumar blocos;
O que é o autismo?
É um transtorno global no desenvolvimento (TGD), caracterizado por prejuízos qualitativos nas habilidades de interação social recíproca, habilidades de comunicação ou presença de estereotipias de comportamento, interesses e atividades. Vem sendo estudado pela ciência a cerca de seis décadas, mas ainda apresenta muitas divergências e perguntas sem respostas claras. Tem origem na infância e persiste ao longo de toda a vida, aparece nos três primeiros anos de vida, acomete cerca de 20 entre cada 10 mil nascidos e é quatro vezes mais comum no sexo masculino do que no feminino. Apesar de ser um distúrbio do desenvolvimento recorrente, o autismo ainda é visto com surpresa. Talvez isso aconteça por apresentar uma infinidade de características peculiares e também pelo fato de que a criança autista apresenta uma aparência física totalmente normal.
Quais as características e sintomas mais comuns que identificam a síndrome do autismo?
Segundo a ASA - American Society for Autism (Associação Americana de Autismo), a maioria dos sintomas está presente nos primeiros anos de vida da criança variando em intensidade de mais severo a mais brando, não sendo obrigatório que a criança apresente necessariamente todas essas características e sintomas.
1. Dificuldade de relacionamento com outras crianças;
2. Riso inapropriado;
3. Pouco ou nenhum contato visual;
4. Não quer ser tocado;
5. Isolamento, modos arredios;
6. Gira objetos;
7. Cheira ou lambe os brinquedos, inapropriada fixação em objetos;
8. Perceptível hiperatividade ou extrema inatividade;
9. Ausência de resposta aos métodos normais de ensino;
10. Aparente insensibilidade à dor;
11. Acessos de raiva - demonstram extrema aflição sem razão aparente;
12. Procedimento com poses bizarras (fixar objeto ficando de cócoras; colocar-se de pé numa perna só; impedir a passagem por uma porta, somente liberando-a após tocar de uma determina maneira os alisares);
13. Ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal);
14. Insistência em repetição, resistência à mudança de rotina;
15. Age como se estivesse surdo;
16. Dificuldade de comunicação em expressar necessidades - usa gesticular e apontar no lugar de palavras;
17. Não tem real noção do perigo;
18. Irregular habilidade motora - pode não querer chutar uma bola, mas pode arrumar blocos;
8 de março de 2010
Altas habilidades: resenha do filme Gênio Indomável
Alunas autoras: Mayara Hemellyn Lopes Mendes e Mônica Larissa Alves de Souza
O filme Gênio Indomável (1997) nos revela como a superdotação pode nascer mesmo nos ambientes mais desfavoráveis, onde existem pressões sociais e financeiras. Com Direção de Gus Van Sant, com os atores Matt Damon e Ben Affleck – que também são os roteiristas - Robin Williams, Minnie Driver e Stellan Skarsgard. O filme teve nove indicações para o Oscar e ganhou em duas categorias: Melhor Roteiro e Melhor Ator Coadjuvante (Robin Williams).
Tudo começa quando o professor Lambeau, de uma conceituada instituição universitária norte-americana, coloca no quadro-negro um problema matemático que julga ser de impossível solução pelos alunos que frequentam suas aulas. Alguns dias depois de ter apresentado o aparente "enigma da pirâmide", o professor é surpreendido com a resposta anotada numa das lousas do corredor da universidade. O que foi descoberto a seguir surpreendeu ainda mais o professor, pois o autor de tal feito foi um dos jovens responsáveis pela limpeza e manutenção do ambiente, uma pessoa que nem ao menos frequentava os cursos e que circulava pelo local como servente da instituição: Will Hunting (Matt Damon).
Will é um gênio, mas não consegue aceitar seu dom e prefere usar a máscara de um jovem encrenqueiro, debochado e violento. Ele tem vinte anos, é órfão e escolhe para amigos pessoas pouco ou nada recomendáveis. Will apresenta memória fantástica, ampla leitura, talento para ciências e imensa capacidade de resolver problemas lógico-matemáticos extremamente complexos com rapidez e facilidade. No entanto, ele possui uma ficha criminal composta por vários delitos, procura empregos que não exigem grandes habilidades intelectuais e trabalha então como servente (faxineiro).
O professor Lambeau descobre o dom de Will e deseja tê-lo em sua equipe de matemática. O que não é tão simples, pois, o Will foi preso em decorrência das confusões em que se envolveu. Com a ajuda de Lambeau, Will sai da prisão sob a determinação legal de duas condições: que ele trabalhe com o professor e que faça terapia.
O professor universitário passa a buscar o auxílio de renomados psicólogos para resolver os dilemas de Will e, dessa forma, encaminhá-lo para uma brilhante carreira. O único que parece entendê-lo é Sean McGuire (Robin Williams), mesmo Will tendo passado, sem sucesso, pelas mãos de pessoas mais estimadas ou consideradas que McGuire.
Sean identifica o medo existente por trás das atitudes agressivas de Will, leva o jovem a refletir e analisar seu comportamento, seus valores e escolhas. Os dois (paciente e terapeuta) são teimosos, mas tornam-se amigos, porque Sean é o único que consegue quebrar as defesas do jovem, o único que consegue fazê-lo baixar as armas. O diálogo que se estabelece entre eles parece ser a possibilidade de resolução dos problemas que se acumulam desde o passado do jovem.
Por trás da narrativa leve e sedutora, por trás da maravilhosa capacidade de prender a atenção do público, há um vasto universo mental e filosófico. Em uma sociedade onde a ambição é supervalorizada e que não entende os traumas mais íntimos e as seguranças mais legítimas; não entende o motivo pelo qual Will, um superdotado, não busca sua “vitória” nos gloriosos espaços onde desfilam os reis da matemática. Segundo o diretor do filme, Gus Van Sant, Não é a glória que se deve procurar, é a felicidade pura.
Partindo da análise do filme, trazemos à tona um questionamento que precisa ser discutido no intuito de encontrarmos caminhos no que se diz respeito ao desenvolvimento de indivíduos com altas habilidades na escola atual. Qual deve ser a postura do professor em relação ao aluno possuidor de altas habilidades? Muitas vezes, o aluno com altas habilidades é visto com suspeita por parte dos professores, que se sentem ameaçados diante de questionamentos, perguntas e comentários, isso ocorre, na maioria das vezes, pela falta de uma preparação especial ou conhecimentos na área da superdotação, gerando certo desinteresse ou mesmo hostilidade por parte deste professor, podendo levar o aluno a esconder alguns dos seus talentos e competências.
Muitos dos problemas enfrentados por alunos que se destacam por um potencial superior têm a ver com o desestímulo e frustração diante de um currículo que prima pela repetição e monotonia e também por um clima em sala de aula desfavorável a expressão do potencial superior. Podendo gerar uma rejeição por parte do aluno em relação à escola e até mesmo levá-lo a duvidar de suas próprias habilidades e seu valor.
Acreditamos que o professor precisa refletir sobre como: ajudar o aluno a desenvolver suas habilidades; trabalhar a auto-estima; ajuda-lo a desenvolver bons hábitos de estudo; respeitar o ritmo de cada indivíduo; criar um clima favorável a aprendizagem, fazendo com que o aluno se sinta valorizado, respeitado e estimulado a dar o melhor se si; priorizar a dimensão afetiva, contribuindo para o desenvolvimento social do aluno e a educação do caráter; criar estratégias que estimulem a investigação e permitir uma aprendizagem mais profunda em tópicos selecionados pelo aluno.
Segundo GALLAGHER e GALLAGHER (1994), no que diz respeito à educação para pessoas com altas habilidades o “professor deve inspirar, o conteúdo deve intrigar, e o ambiente da escola deve ser planejado para fortalecer as oportunidades de aprendizagem”. Mas essa não deveria ser a educação de todos os alunos, independente de suas necessidades? Será que o problema não estaria na própria estrutura da escola atual?
Vídeo sobre exposição Na ponta dos dedos
Alunas: Stephanie Barros e Sarah de Andrade
O vídeo a seguir trata de um trabalho construído com base em um texto produzido por nós (Stephanie Barros e Sarah de Andrade) durante disciplina de Fundamentos da Educação Especial, com a professora Rita de Cássia. A Exposição Na Ponta dos Dedos, comemora os 200 anos de nascimento de Louis Braille, e foi realizada no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Inicialmente pensávamos que seria apenas uma simples visita, no entanto, não foi. Lá tivemos a oportunidade de encontrar alunos da escola presente no Instituto dos Cegos. Com isso, podemos ver como uma pessoa com deficiência visual interage com os objetos que lhes são familiares, mas que para quem não tem nenhuma deficiência visual parece tão "estranho". O nosso guia, era um rapaz deficiente visual, o que nos trouxe certa naturalidade e leveza naquilo que ele expunha. O que podemos dizer que ficou foi uma grande lição, a cerca do respeito pelo espaço do outro, algo que foi bem firmado por toda a estrutura da exposição e o aprendizado do valor das coisas que para nós são tão insignificantes, mas que para quem não tem, ou tem mais pouco, fazem muita diferença.
1 de março de 2010
Resenha do livro – Preconceito contra as pessoas com deficiência: as relações que travamos com o mundo
Alunas autoras: Aurilene Rodrigues Pontes e Edna dos Santos
João Ribas nasceu em São Paulo em 1954. Graduou-se em Ciências Sociais pela PUC/SP. Terminou o mestrado em Ciências Sociais (Antropologia) pela UNICAMP e doutorou-se pela USP, tendo feito pesquisa sobre Inclusão de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho. Foi professor universitário por 12 anos, consultor do Ministério da Educação, do Departamento Nacional do SENAI e da Fundação Banco do Brasil para projetos sobre Empregabilidade de Pessoas com Deficiência. É coordenador do Programa Serasa de Empregabilidade de Pessoas com Deficiência. João Ribas é paraplégico e usa cadeira de rodas.
Na obra publicada pela editora Cortez – Preconceito contra as pessoas com deficiência: as relações que travamos com o mundo – doutor João Ribas aborda duas faces do problema: uma delas é aquela que finge desconhecer as particularidades do outro, desrespeitando seus direitos (paradigmas de uma sociedade que não está preparada para conviver com a diversidade); a outra consiste na falsa piedade que considera o deficiente um sujeito insuficiente, incapacitado de deter uma realização pessoal e profissional. Mostra também trajetórias de pessoas revestidas de forças e determinação que superaram preconceitos, estigmas e barreiras que, muitas vezes, são demarcações de fronteiras sociais e não impossibilidades individuais.
O livro está dividido em vinte e dois capítulos curtos, que estão baseados em situações de convivência cotidiana contada pelo o autor.Essas situações mostram que é possível um portador de deficiência ter uma vida ativa, produtiva, normal, conviver com suas limitações, superando a cada dia. Por outro lado existe pessoas com deficiência que ainda não conseguiram se libertar do próprio preconceito, achando-se inválido, incapaz de exercer qualquer atividade, vivendo uma vida sem propósito. A família em alguns casos não consegue ajudar essas pessoas, pois também com o mesmo sentimento, criam um mundo limitado e protegido, impedindo o deficiente de ter autonomia, de buscar superação.
É como o autor afirma:
“Os nossos limites reais não estão na possibilidade ou impossibilidade que temos de andar, enxergar, ouvir ou pensar da forma como acreditamos que todos fazem. Os nossos limites estão na dificuldade que encontramos nas relações que travamos com o mundo. Por isso, os nossos limites reais estão na nossa alma. Não existe nada mais deficiente do que um espírito amputado. E para esse espírito não há prótese”. (p. 115).
A Politica educacional da educação Especial na Cidade de Horizonte com base no Centro de Atendimento Clínico e Educacional Maria de Nazaré Domingos - CACE
Alunas autoras: Isabel Cristina de Lima; Maria José de Lima.
O objetivo central dessa pesquisa é procurar explorar como se dá o tratamento da educação especial na cidade de Horizonte, tendo como foco central no Centro de Atendimento Clínico e Educacional Maria de Nazaré Domingos (CACE).
Para isso, entregamos para Maria Édna Lopes, diretora do CACE, e Alessandra Maria Almeida, coordenadora da Educação Especial, um roteiro com 13 com o objetivo de averiguar um pouco da política educacional vigente neste município cearense.
Buscamos dados que favoreçam a compreensão a respeito do acolhimento de “pessoas especiais” na cidade, dando ênfase ao CACE, em que são atendidas pessoas com necessidades especiais, assim desenvolvendo a política educacional voltada para a educação especial. O núcleo funciona atualmente na escola Maria Regiana e em breve terá um ambiente próprio para atender. No entanto, não se trata de uma instituição segregada, mas sim um centro que dá apoio necessário às pessoas que com necessidades especiais estão sendo incluídas na escola regular.
1. Qual a origem do Núcleo de Educação Especial Maria de Nazaré?
R: No ano de 1998, a secretaria de educação inicia a oferta de serviço de atendimento para pessoas com deficiência. Em 1999 inicia as matrículas na primeira sala de educação especial na EMEF Maria Regiana da Silva. Em 2000 o município de Horizonte inaugura o Núcleo de Educação Especial Maria de Nazaré Domingos e amplia o quadro de especialistas formando uma equipe com: Terapeuta ocupacional, psicóloga, psicomotricista, psicopedagoga, professores para educação de cegos e surdos e laboratório de informática.
Em 2009 o núcleo re-significa sua identidade e passa a ser Centro de Atendimento Clínico e Educacional Maria de Nazaré Domingos, seguindo as orientações da política Nacional da Educação Especial na perspectiva da Educação inclusiva.
25 de fevereiro de 2010
Pedagogia Hospitalar: Atuação do novo pedagogo
Alunas autoras: Ana Carolina Cardoso e Sheila Rocha Bandeira
Este artigo aborda o papel do pedagogo em instituições não escolares – no caso, hospitais - a partir de uma breve contextualização e de seu papel nos dias atuais. É uma apresentação objetiva e simples que teve como base pesquisas na internet sobre pedagogia hospitalar. Apesar da grande quantidade de fontes para a pesquisa o foco foi dado aos artigos de Wolf e Esteves. Para isso, abordamos o surgimento da Classe Hospitalar e a atuação dos pedagogos neste ambiente nos dias de hoje.
Esse estudo nos serviu para compreender como a pedagogia pode ser eficaz em diferentes ambientes, pois existem diversos lugares que necessitam de auxílio não só médico, mas de auxílio educativo.
Segundo ESTEVES, com a Segunda – Guerra Mundial há o aparecimento de crianças e adolescentes mutiladas e atingidas pela guerra de alguma forma. Por essa razão, em 1935, Henri Sellier cria a Classe Hospitalar com o objetivo de amenizar as dificuldades destes indivíduos em relação à educação.
Em 1939, o cargo de Professor Hospitalar surge com o Ministério da Educação na França. O seu objetivo é mostrar que o espaço educativo não se restringe somente ao ambiente escolar, mas a educação pode chegar à lugares antes não viáveis.
Até hoje muitos profissionais defendem a criação de Classes Hospitalares, especialmente os médicos, pois sabem que o seu envolvimento com o paciente, através de intervenções e outros tipos de atividades, irá contribuir para a sua melhora (em relação à doença) e o seu contínuo desenvolvimento educativo.
A escola, enquanto espaço de socialização de indivíduos, repentinamente deixa de existir para crianças e adolescentes que possuem alguma deficiência ou são acometidos por alguma doença grave e são obrigados a passar grandes temporadas de internamento em hospitais, passando a conviver com o isolamento, privado de amigos e às vezes até mesmo esquecido por seus parentes. Por esse motivo se vê privado de sua escolaridade, necessitando de um atendimento educacional que lhe permita manter-se aprendendo, sem ruptura com o processo de educação.
12 de fevereiro de 2010
Resenha conceitual do artigo Desempenho Escolar e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade
Alunas autoras: Patrícia Fonseca Alves e Rebecca Mendes Ferreira
Estudos comprovam que o desempenho escolar depende de vários fatores relativos à escola, à família e ao individuo. Fatores que vão da estrutura escolar ao coeficiente de inteligência (QI) do aluno. Ressaltando que o aluno com TDAH tem dificuldade de aprendizado, e não um transtorno de aprendizado.
Através de uma resenha conceitual do artigo “Desempenho Escolar e Transtorno do déficit de Atenção e Hiperatividade” escrito por Giuseppe Mário C. Pastura - Médico Mestre em Clínica Médica, setor de Saúde de Criança e do Adolescente da UFRJ -, Paulo Mattos – Médico Doutor em Psiquiatria, Professor Adjunto de Psiquiatria da UFRJ - e Alexandra P. Q. Campos Araújo – Médica Doutora em Neurologia, Professora Adjunta de Neurologia Infantil da UFRJ – que tem por objetivo trazer a relação entre desempenho escolar e transtorno déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), buscamos esclarecer dúvidas e estabelecer a importância do diagnostico deste transtorno à vida do individuo portador.
De acordo com os autores, há uma grande influência do TDAH na vida da pessoa portadora, podendo acarretar prejuízos em diversas áreas, como na adaptação ao ambiente acadêmico, nas relações interpessoais e no desempenho escolar. Estes fatores, não são observados como uma regra, mas frequentemente aparecem caracterizando o portador.
Estudos comprovam que o desempenho escolar depende de vários fatores relativos à escola, à família e ao individuo. Fatores que vão da estrutura escolar ao coeficiente de inteligência (QI) do aluno. Ressaltando que o aluno com TDAH tem dificuldade de aprendizado, e não um transtorno de aprendizado.
Alguns testes são utilizados na avaliação do desenvolvimento escolar, entre eles destacam-se: os subtestes de matemática e leitura do Basic Achievement Skills Individual Screener (BASIS), o subteste de aritmética do Wide Range Achievement Test- Revised (WRAT) e o subteste de leitura do Woodcock Reading Mastery Test-Revised.O diagnostico de MDE varia dependendo do critério que tenha sido utilizado. Baixe em PDF, arquivo na íntegra.
7 de fevereiro de 2010
Entrevista com psicóloga escolar sobre a Síndrome de Asperger
Alunas Autoras: Patrícia Fonseca Alves e Rebecca mendes Ferreira
O termo “síndrome de Asperger” foi utilizado pela primeira vez por Lorna Wing em 1981, num jornal médico, que pretendia desta forma honrar Hans Asperger, um psiquiatra e pediatra austríaco que resolveu estudar o comportamento e habilidades que, como descreveu, ocorria preferencialmente em meninos; denominou-o de psicopatia autista, uma desordem da personalidade que incluía: falta de empatia, baixa capacidade de formar amizades, conversação unilateral, intenso foco em um assunto de interesse especial e movimentos descoordenados.
Essa Síndrome diferencia-se do autismo por não comportar necessariamente atraso ou retardo no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem do indivíduo. Asperger chamava as crianças que estudou de pequenos professores, devido a sua habilidade de discorrer sobre um tema detalhadamente.
Conversamos com a psicóloga da escola inclusiva Creche Escola Casa da Tia Léa, Alice Damasceno, que trabalha com crianças portadoras dessa síndrome e esclarecemos e tiramos várias duvidas, a partir de exemplos concretos, acerca desse transtorno de desenvolvimento invasivo.
ALUNAS. Quais são as características da síndrome de Asperger?
A.D. A síndrome de Asperger é do espectro autismo, tido como o mais leve. A pessoa portadora tem um quadro de comprometimento menor, onde existe “alta funcionalidade”, ou seja, a criança responde bem às estimulações que lhes são feitas e mesmo apresentando uma dificuldade na interação e na comunicação, não são tão severas quanto o autismo. Diferente de outras síndromes que tem traços físicos bem demarcados, na síndrome de Asperger não há características físicas específicas.
ALUNAS. O que diferencia a síndrome de Asperger do Autismo?
A.D. No autismo há uma limitação maior na comunicação e na interação e, se observa movimentos estereotipados constantes. É como se o mundo não fosse interessante para a criança, ela não busca entendê-lo, interagir com ele na forma como nos disponibilizamos, a criança autista parece ter sua própria lógica, seu mundo particular.
No autismo, as crianças às vezes começam a falar cedinho, a balbuciar (‘ma ma’, ‘pa pa’), mas há um corte, e, quando ela retoma, faz repetições de palavras até mesmo pequenas frases, muitas vezes de forma descontextualizada com o ambiente em que está inserida. Com a estimulação adequada, essas falas começam a ser feitas com sentido e diálogos podem ser estabelecidos. Quanto mais interação, quanto mais estímulo de troca houver, mais a comunicação começa a exercer sua função social, de se fazer entender pelo outro e de conseguir o que ela quer nessa relação.
Eles podem ter, em termos de processamento sensorial, incomodo com o barulho, com som muito alto; interesse por objetos que giram, como ventilador, objetos que eles colocam girando.
Atualmente, alguns estudos trazem traços orgânicos para essa síndrome. São crianças que podem apresentar alguma falha neurológica, nos neurônios espelhos, que são neurônios que possibilitam a empatia, que fazem com que eu me interesse por você e você se interesse por mim. Não é mais como antigamente, quando o autismo restringia-se a relação mãe e filho. Hoje, levantam-se possibilidades, do orgânico a interação social.
Na síndrome de Asperger, observa-se uma dificuldade na fala e uma interação restrita com as pessoas, dificuldade em se colocar no lugar do outro, só compreendem uma a idade cronológica, mas outras não. Têm aí uma defasagem na simbologia, principalmente da leitura e da escrita que tem tudo a ver com o código lingüístico, que diz respeito a interação com o mundo em volta. Para algumas crianças, é mais difícil conseguir decodificar as letras e as palavras. A partir do momento em que se consegue interagir mais, ela fica mais presente na relação com o outro e evolui-se nesse aspecto cognitivo. Baixe aqui entrevista na íntegra em PDF.
O termo “síndrome de Asperger” foi utilizado pela primeira vez por Lorna Wing em 1981, num jornal médico, que pretendia desta forma honrar Hans Asperger, um psiquiatra e pediatra austríaco que resolveu estudar o comportamento e habilidades que, como descreveu, ocorria preferencialmente em meninos; denominou-o de psicopatia autista, uma desordem da personalidade que incluía: falta de empatia, baixa capacidade de formar amizades, conversação unilateral, intenso foco em um assunto de interesse especial e movimentos descoordenados.
Essa Síndrome diferencia-se do autismo por não comportar necessariamente atraso ou retardo no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem do indivíduo. Asperger chamava as crianças que estudou de pequenos professores, devido a sua habilidade de discorrer sobre um tema detalhadamente.
Conversamos com a psicóloga da escola inclusiva Creche Escola Casa da Tia Léa, Alice Damasceno, que trabalha com crianças portadoras dessa síndrome e esclarecemos e tiramos várias duvidas, a partir de exemplos concretos, acerca desse transtorno de desenvolvimento invasivo.
ALUNAS. Quais são as características da síndrome de Asperger?
A.D. A síndrome de Asperger é do espectro autismo, tido como o mais leve. A pessoa portadora tem um quadro de comprometimento menor, onde existe “alta funcionalidade”, ou seja, a criança responde bem às estimulações que lhes são feitas e mesmo apresentando uma dificuldade na interação e na comunicação, não são tão severas quanto o autismo. Diferente de outras síndromes que tem traços físicos bem demarcados, na síndrome de Asperger não há características físicas específicas.
ALUNAS. O que diferencia a síndrome de Asperger do Autismo?
A.D. No autismo há uma limitação maior na comunicação e na interação e, se observa movimentos estereotipados constantes. É como se o mundo não fosse interessante para a criança, ela não busca entendê-lo, interagir com ele na forma como nos disponibilizamos, a criança autista parece ter sua própria lógica, seu mundo particular.
No autismo, as crianças às vezes começam a falar cedinho, a balbuciar (‘ma ma’, ‘pa pa’), mas há um corte, e, quando ela retoma, faz repetições de palavras até mesmo pequenas frases, muitas vezes de forma descontextualizada com o ambiente em que está inserida. Com a estimulação adequada, essas falas começam a ser feitas com sentido e diálogos podem ser estabelecidos. Quanto mais interação, quanto mais estímulo de troca houver, mais a comunicação começa a exercer sua função social, de se fazer entender pelo outro e de conseguir o que ela quer nessa relação.
Eles podem ter, em termos de processamento sensorial, incomodo com o barulho, com som muito alto; interesse por objetos que giram, como ventilador, objetos que eles colocam girando.
Atualmente, alguns estudos trazem traços orgânicos para essa síndrome. São crianças que podem apresentar alguma falha neurológica, nos neurônios espelhos, que são neurônios que possibilitam a empatia, que fazem com que eu me interesse por você e você se interesse por mim. Não é mais como antigamente, quando o autismo restringia-se a relação mãe e filho. Hoje, levantam-se possibilidades, do orgânico a interação social.
Na síndrome de Asperger, observa-se uma dificuldade na fala e uma interação restrita com as pessoas, dificuldade em se colocar no lugar do outro, só compreendem uma a idade cronológica, mas outras não. Têm aí uma defasagem na simbologia, principalmente da leitura e da escrita que tem tudo a ver com o código lingüístico, que diz respeito a interação com o mundo em volta. Para algumas crianças, é mais difícil conseguir decodificar as letras e as palavras. A partir do momento em que se consegue interagir mais, ela fica mais presente na relação com o outro e evolui-se nesse aspecto cognitivo. Baixe aqui entrevista na íntegra em PDF.
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